PE. JOSÉ RIBEIRO DIAS SOBRINHO (1930-2010)

80 anos

José Dias nasceu em Jacuí-MG aos 4 de abril de 1930. Entrou como Aspirante em Rio Claro-SP aos 06 de março de 1946; fez o noviciado em Ribeirão Preto-SP em 1955; a profissão perpétua, em Casa Branca-SP aos 09 de dezembro de 1958. Foi ordenado sacerdote em São Caetano do Sul-SP aos 08 de dezembro de 1961.
Nos primeiros anos de sacerdócio ajudou na formação em Ribeirão Preto-SP (1962) e no Instituto Estigmatino de Campinas (1964). Em 1963 morou em Curitiba-PR, auxiliando Pe. Vitório Nardon na paróquia Nossa Senhora de Lourdes.
Trabalhou no grupo missionário da Província de 1965 a 1968. A seguir foi designado para Livramento de Nossa Senhora na Bahia como pároco da Igreja Matriz, onde se desdobrou apostolicamente por 22 anos (1969-1991). Tornou-se vigário geral da diocese, exercendo o cargo em todas as dimensões. Foi de grande apoio para o bispo Dom Hélio, ajudando-o na atividade apostólica e nas dificuldades políticas que surgiram na ocasião. Posicionou-se como verdadeiro guarda-costas. Homem de forte coragem e inquebrantável fé não temia problemas e ameaças, viessem elas de quem quer que fosse.
Foi designado para Guarapuava-PR (1991) e a seguir como pároco de Santo Antonio do Sudoeste-PR, onde trabalhou de 1995 a 2007. Nesta época começou a enfrentar problemas de saúde e foi transferido para Campinas como pároco de São Benedito (2008). Na reformulação da Casa de São Benedito foi transferido para Itararé-SP (2009), onde exerceu o sacerdócio como vigário paroquial.
Homem tranquilo e trabalhador, ótimo colega, foi sempre simples. Nunca foi sumidade nos estudos, mas possuía a simplicidade evangélica e sem grande ciência anunciou o evangelho pela palavra e pela vivência. Estava sempre pronto para o que “desse e viesse”. A sua fisionomia era sempre a mesma, seja nos bons como nos momentos difíceis. Piedoso e fiel nas obrigações de oração e de vivência da vida consagrada.
Entre tantas virtudes, impressionava sua capacidade de adaptação. Trabalhou sempre em cidades do interior, no meio do povo simples, que tão bem se parecia com ele. De repente, com mais de 70 anos, foi enviado a Campinas, numa paróquia central. Saiu-se maravilhosamente bem.
Aceitou sempre as ordens dos superiores, principalmente nas mudanças de local ou de ministério. Após mais de trinta anos no sertão baiano, onde impera o calor, foi tranquilamente viver no frio do sudoeste paranaense. O que importava não era onde estava, mas o que estava fazendo.
Padre Zé Dias, será lembrado pela sua disposição de trabalho, pela sua dedicação ao ministério e pelo amor à Congregação. Destemido, zeloso, profundamente apostólico, dedicou-se de corpo e alma aos fiéis que lhe foram confiados.
Na idade madura, sua fisionomia foi se tornando cada vez mais característica com barba e cabelos longos.
Em meados de 2010 submeteu-se a uma operação para retirar um tumor no estômago. Ainda em recuperação da cirurgia na Chácara do Vovô, em Campinas, veio a falecer de infarto cardíaco na madrugada do dia 26 de agosto.