PE. JOSÉ RIBEIRO DIAS SOBRINHO (1930-2010)

80 anos

José Dias nasceu em Jacuí-MG aos 4 de abril de 1930. Entrou como Aspirante em Rio Claro-SP aos 06 de março de 1946; fez o noviciado em Ribeirão Preto-SP em 1955; a profissão perpétua, em Casa Branca-SP aos 09 de dezembro de 1958. Foi ordenado sacerdote em São Caetano do Sul-SP aos 08 de dezembro de 1961.
Nos primeiros anos de sacerdócio ajudou na formação em Ribeirão Preto-SP (1962) e no Instituto Estigmatino de Campinas (1964). Em 1963 morou em Curitiba-PR, auxiliando Pe. Vitório Nardon na paróquia Nossa Senhora de Lourdes.
Trabalhou no grupo missionário da Província de 1965 a 1968. A seguir foi designado para Livramento de Nossa Senhora na Bahia como pároco da Igreja Matriz, onde se desdobrou apostolicamente por 22 anos (1969-1991). Tornou-se vigário geral da diocese, exercendo o cargo em todas as dimensões. Foi de grande apoio para o bispo Dom Hélio, ajudando-o na atividade apostólica e nas dificuldades políticas que surgiram na ocasião. Posicionou-se como verdadeiro guarda-costas. Homem de forte coragem e inquebrantável fé não temia problemas e ameaças, viessem elas de quem quer que fosse.
Foi designado para Guarapuava-PR (1991) e a seguir como pároco de Santo Antonio do Sudoeste-PR, onde trabalhou de 1995 a 2007. Nesta época começou a enfrentar problemas de saúde e foi transferido para Campinas como pároco de São Benedito (2008). Na reformulação da Casa de São Benedito foi transferido para Itararé-SP (2009), onde exerceu o sacerdócio como vigário paroquial.
Homem tranquilo e trabalhador, ótimo colega, foi sempre simples. Nunca foi sumidade nos estudos, mas possuía a simplicidade evangélica e sem grande ciência anunciou o evangelho pela palavra e pela vivência. Estava sempre pronto para o que “desse e viesse”. A sua fisionomia era sempre a mesma, seja nos bons como nos momentos difíceis. Piedoso e fiel nas obrigações de oração e de vivência da vida consagrada.
Entre tantas virtudes, impressionava sua capacidade de adaptação. Trabalhou sempre em cidades do interior, no meio do povo simples, que tão bem se parecia com ele. De repente, com mais de 70 anos, foi enviado a Campinas, numa paróquia central. Saiu-se maravilhosamente bem.
Aceitou sempre as ordens dos superiores, principalmente nas mudanças de local ou de ministério. Após mais de trinta anos no sertão baiano, onde impera o calor, foi tranquilamente viver no frio do sudoeste paranaense. O que importava não era onde estava, mas o que estava fazendo.
Padre Zé Dias, será lembrado pela sua disposição de trabalho, pela sua dedicação ao ministério e pelo amor à Congregação. Destemido, zeloso, profundamente apostólico, dedicou-se de corpo e alma aos fiéis que lhe foram confiados.
Na idade madura, sua fisionomia foi se tornando cada vez mais característica com barba e cabelos longos.
Em meados de 2010 submeteu-se a uma operação para retirar um tumor no estômago. Ainda em recuperação da cirurgia na Chácara do Vovô, em Campinas, veio a falecer de infarto cardíaco na madrugada do dia 26 de agosto.

PE. CARLOS MASERO (1910 -1995)

85 anos

Nascido em Piracicaba-SP aos 04 de julho de 1910, entrou em Rio Claro aos 03.10.1926, depois de ter trabalhado como operário no Colégio Santa Cruz. Foi ordenado sacerdote em Campinas - SP aos 06 de dezembro de 1936.
Seu ministério sacerdotal foi exercido em Rio Claro - SP, Ituiutaba - MG, Formosa - GO, Caconde - SP, Jacarezinho - PR, Arealva - SP, Cafelândia - SP, Santa Cruz - RJ e Campinas. Foi professor, vigário paroquial e pároco.
Em 1948 pediu exclaustração e foi trabalhar em Jacarezinho. Em 1956 retornou à vida comunitária. Mesmo exclaustrado, todo mês prestava conta de seus gastos ao Provincial.
Foi sempre de caráter áspero, porém tinha a humildade de reconhecer o erro quando passava dos limites. Muitas vezes, após uma cena desagradável, pediu desculpas, até mesmo publicamente na capela durante a oração da noite.
Sempre cultivou o espírito de oração e zelo pelo ministério. Já idoso e atacado de esquecimento mental, passava o dia lendo livros piedosos ou rezando o terço, andando pela igreja, pronto para atender confissões. Nutria verdadeiro amor pelos pobres.
Apesar da idade avançada, dos incômodos físicos e das razões que legitimariam a dispensa, era fiel aos atos comunitários. Particularmente admirável foi seu empenho na participação diária da Eucaristia. Invariavelmente, todas as manhãs pedia informações sobre o horário da missa. Uma hora antes já estava pronto de túnica e estola, receoso de que lhe escapasse inadvertidamente o momento da concelebração.
Outra característica de sua vida espiritual era a devoção a Maria.
Faleceu aos 23 de agosto de 1995.
Seus restos mortais jazem no túmulo da Província, em Campinas

PE. LOURENÇO CORRER (1913-1982)

69 anos

Nasceu em Piracicaba - SP aos 21 de setembro de 1913. Entrou em Rio Claro - SP aos 06.07.1924. Pertenceu ao primeiro grupo de aspirantes. Iniciou o noviciado aos 14.09.1929 e professou aos 15.09.1930. Emitiu a profissão perpétua em Verona aos 15.09.1934. Foi ordenado em São Carlos - SP aos 26 de julho de 1936.
Pertenceu a uma família profundamente cristã, que deu à Igreja seis de seus filhos, dos quais quatro estigmatinos.
Trabalhou em Rio Claro - SP, São Caetano - SP, Ribeirão Preto - SP, Uberaba - MG, Barretos - SP. Foi coadjutor em paróquias e por longo tempo pregador de missões. Nos últimos anos, embora fizesse parte canonicamente de uma comunidade nossa, nos momentos de folga ajudava o vigário da paróquia do Parque São Lucas, em São Paulo - SP, onde era muito querido.
Seu caráter firme, seu tom enérgico, sua forte voz, sua atitude decidida fizeram dele um grande pregador de missões populares, principalmente no sul de Minas Gerais. Aliás, o primeiro sinal de problemas no coração aconteceu em uma dessas missões no ano de 1978.
Apenas teve alta, baseado em sua fibra voltou praticamente ao trabalho normal. Passou por várias recaídas, mas "lutou até o último cartucho".
No dia 22 de agosto de 1982 quando havia a expectativa de nova recuperação da saúde, partiu em viagem definitiva para receber o prêmio do seu ministério.
Foi sempre expansivo, benquisto dentro e fora da Congregação. Durante as Missões não se esquecia dos seminários.
Seu corpo foi transferido para Campinas, onde repousa no jazigo dos estigmatinos.
"Para a Missa de sétimo dia, o secretário geral da CNBB, dom Luciano Mendes de Almeida, amigo e admirador seu, fez questão de vir de Brasília até o Parque São Lucas. A multidão de três mil pessoas em oração foi não tanto uma homenagem póstuma quanto a coroação final e a consagração de uma vida consumida até a última reserva em prol do Evangelho.”

IR. PEDRO BIANCONI (1913-1972)

69 anos

Nasceu em Rio Claro - SP aos 29.06.1912. Entrou em Rio Claro aos 18.01.1932. Iniciou o noviciado aos 14.09.1932 e professou aos 1.5.09.1933. Fez a profissão perpétua aos 15.09.1939 em Rio Claro - SP.
Antes de entrar para a Congregação frequentava a Congregação Mariana da paróquia de Santa Cruz, onde era catequista na zona rural. Entrou nos tempos difíceis em que o trabalho era intenso e poucos os irmãos. Foi sacristão, catequista, cozinheiro, porteiro, sapateiro, administrador da Fazenda Santana, responsável pelos irmãos no Santuário do Desterro, em Casa Branca - SP.
Adaptou-se com simplicidade às frequentes mudanças de casa, quase todos os anos. Sempre sereno, calmo, sorridente.
Trabalhou em Rio Claro - SP, Uberaba - MG, Casa Branca - SP, Santa Cruz. das Palmeiras - SP , Ituiutaba - MG e Campinas - SP.
Gostava da juventude e por onde passou foi sempre muito querido por ela. Desenvolvia também grande trabalho com as pessoas simples, visitando, ajudando, consolando, principalmente depois que ficou Ministro Extraordinário da Eucaristia. Basta lembrar que em Campinas, seu último campo de trabalho, no bairro onde trabalhou (Jardim Pacaembu) há uma rua com o seu nome.
Era de caráter delicado. Seu modo de tratar era afável, respeitoso, capaz de ganhar imediatamente a confiança e a simpatia. Sua palavra calma e suave atingia profundamente o coração das pessoas, transmitindo conforto e segurança. Tudo isso era não só dom natural, mas efeito de sua profunda vida espiritual. Amava a oração e lhe era fidelíssimo na comunidade. Devoto de Nossa Senhora.
A morte chegou repentina, mas não inesperada. Foram detectados problemas no coração. Era o dia 22 de agosto de 1972, na Casa de Saúde de Campinas.
"Do seu funeral, oficiado por 13 confrades concelebrantes, participou grande número de gente comovida. Ouviam-se expressões como "obrigado, Ir. Pedro, o senhor salvou meu filho transviado, ...o senhor trouxe paz para minha família, ...o senhor converteu meu pai, ...o senhor encaminhou meu filho para o sacerdócio, para a vida religiosa.”
Este foi o grande epitáfio de Ir. Pedro que está sepultado no cemitério da Saudade, em Campinas.

IR. ANTONIO GOMES (1908-1985)

77 anos

Nasceu em Vila Nova de Gaia (área metropolitana do Porto, Portugal) aos 06 de fevereiro de 1908. Veio criança para o Brasil e entrou em Rio Claro-SP aos 25.01.1939. Iniciou o noviciado aos 09.12.1930. Fez a primeira profissão aos 10.12.1931 e a perpétua aos 13.12.1937.
Trabalhou em Rio Claro - SP, Campinas - SP, Uberaba - MG, São Caetano do Sul - SP e por 40 anos em Santa Cruz, Rio de Janeiro - RJ. Foi sempre sacristão e muito zeloso.
Parecia um tipo rude, mas tinha bom coração. Amava muito a Congregação e fazia propaganda da vida do irmão religioso entre os jovens.
Muito prestimoso e de profunda piedade. Bom companheiro na comunidade. Primava pela limpeza e simplicidade. Sempre pontual.
Gozava da estima dos confrades e tinha muitos amigos por onde passava. Sua vida foi de simplicidade exemplar, exercendo o mesmo cargo com dedicação e carinho.
Atacado por câncer no estômago suportou os sofrimentos com paciência e resignação.
Finalmente veio para Campinas - SP para tratamento hospitalar. Faleceu piedosa e lucidamente no dia 21 de agosto de 1985.
Com mais de 30 confrades presentes em sua missa de exéquias, foi sepultado no cemitério da Saudade, em Campinas.

PE. ARTUR DE VIGILI (1907-1979)

72 anos

Nasceu em Ceola (distrito de Giovo, na região de Trento, Itália) aos 06 de abril de 1907. Entrou em Verona a 01.10.1923. Iniciou o noviciado a 01.11.1927 e professou aos 02.11.1928. Fez a profissão perpétua aos 02.11.1931. Foi ordenado sacerdote em Udine aos vinte e dois de dezembro de 1934.
Veio para o Brasil aos treze de agosto de 1935. Apesar de sua aparência gigantesca, sempre foi de saúde precária.
Trabalhou 29 anos em São Caetano - SP, onde foi várias vezes superior; 13 anos na Moóca - SP e um em Campinas - SP. Em 1965 voltou para a Itália, mas não se adaptou e retornou para o Brasil no ano seguinte.
Era diligentíssimo em tudo, na ordem, no estudo e na exatidão. Notava-se nele a caridade respeitosa no trato, na palavra e na prudência. Nisto, talvez, fosse ajudado pelo temperamento calmo, bonachão, sem grandes reações imediatas, com uma dose de timidez.
Foi por excelência o homem do escritório na sacristia. Atendia os expedientes, colocava em ordem os livros da paróquia, confessava, batizava e fazia casamentos. Praticamente nunca pregou, ou por motivo de saúde, ou dificuldade de comunicação diante do público. Foi por muito tempo diretor da Escola Paroquial de São Caetano do Sul. Tinha uma multidão de amigos.
Pe. Artur trabalhou sempre ao lado de outro, nunca à frente de uma obra. Era um bom companheiro na comunidade, benquisto pelos confrades e pelos colegas do clero.
Aos 12 de agosto de 1979, festa da Assunção, quis ir a uma festa em São Caetano. Ao descer do carro arranjou um problema na perna, que foi identificado como isquemia. Após alguns dias no Hospital, aos 29 de agosto partiu para receber o prêmio dos justos. Transladado para Campinas - SP repousa no cemitério da Saudade.

PE. ALEXANDRE ACLER (1885-1957)

72 anos

Nasceu em Levico (região do Trentino-Alto Ádige, na província de Trento - Itália) aos 4 de fevereiro de 1885. Entrou em Verona aos 07.11.1898. Iniciou o noviciado aos 11.10.1903 e fez a primeira profissão aos 12.10.1904. Emitiu a profissão perpétua aos 10.10.1907 e foi ordenado em Verona aos 07.08.1910.
Veio para o Brasil aos 10 de agosto de 1924.
Na Itália foi professor em Capodistria, Roma, Verona, lecionando sempre com ardor e competência incomum. No Brasil trabalhou em Tibagi - PR, São Caetano - SP, Rio Claro - SP, Morrinhos - GO e Ituiutaba -MG.
É um pioneiro que deixou marca profunda no início em nossa formação no seminário. Era não somente o professor, mas educador e principalmente forjador de caráter. Muito inteligente e bem preparado.
Fisicamente era o tipo do indivíduo "feito a machado". Aparentemente bronco, rude, áspero. Contudo o físico e os modos visualmente brutais "escondiam um coração sensível às fraquezas do próximo." Seu método foi sempre agir mais que falar, fazer mais que mandar, mostrar com obras o que pode e deve ser feito.
A Congregação no Brasil muito deve a ele na formação dos seminaristas. Todos que o conheceram e privaram com ele foram unânimes em elogiá-lo.
Apesar de intensa atividade a saúde nunca foi perfeita devido a uma intoxicação por veneno que sofrera. Nos últimos anos de vida sofreu terrivelmente. Contudo, trabalhou até o fim de seus dias, ajudando nos ministérios paroquiais de Ituiutaba - MG, que ele afirmava ser sua "pátria".
Um tumor maligno consumiu-o aos poucos até a morte no dia 21 de agosto de 1957. Foi sepultado em Ituiutaba.

PE. PAULO SOZZI (1877- 1957)

80 anos

Nasceu em Valmozzola (região da Emilia-Romagna, Província de Parma – Itália) aos 24 de novembro de 1877. Entrou em Verona aos 12.10.1692. Iniciou o noviciado aos 15.08.1895 e fez a profissão perpétua aos 15.08.1897. Foi ordenado sacerdote aos 10.08.1902 em Verona.
Em 1919 foi para os EEUU. Aos 10 de janeiro de 1930 chegou ao Brasil.
Laureado em letras pela Universidade de Pádua, lecionou por muitos anos em nossas escolas de Udine e Pavia, até sua transferência para os EEUU. Trabalhou em nossas paróquias de Hasleton - PA e de Lynn - Mass. "Nesta cidade, por ocasião de um incêndio na igreja paroquial, de que era vigário, teve que praticar um ato heróico para salvar o Santíssimo Sacramento já quase em poder das chamas".
No Brasil trabalhou em Campinas - SP, Rio Claro - SP, Ribeirão Preto - SP e São Paulo - SP, quase sempre lecionando para nossos estudantes. Por algum tempo foi o dono da cátedra de italiano na Universidade de Campinas - SP. Era muito inteligente e possuía aptidão especial para línguas, chegando a aprender uma dezena delas. Bom pregador com exposição clara, simples e espirituosa das idéias. "Dotado por natureza de espírito jocoso foi a alegria das conversas nas recreações comunitárias, participando sempre das festas dos seminaristas com uma palavra de animação e de incentivo."
Foi figura veneranda e folclórica. Ótimo religioso. Piedoso. Humilde. Sempre muito querido nas comunidades e por todos que tinham contato com ele. Nos últimos anos de vida passava dia e noite em seu quarto entre seus os livros e a fumaça do cachimbo. Quando havia, sabia apreciar um prato fino e um vinho especial.
Atacado de arterio-esclerose e uremia preparou-se serenamente para a morte. Em Ribeirão Preto - SP "no dia 19 de agosto, às 23:12 horas, rodeado por doze padres, quatro irmãos e por alguns aspirantes maiores, Pe. Paulo Sozzi, o querido e simpático "nonno" da nossa comunidade entregava sua alma a Deus."
Foi sepultado em Ribeirão Preto.

PE JOSÉ BAZZON (1917-1990)

73 anos

Nasceu em Malo (na região Vêneta, província de Vicenza - Itália) aos 5 de setembro de 1917. Ingressou em Verona aos 03.10.1932 e iniciou o noviciado em setembro de 1935. Fez a profissão perpétua aos 09.09.1939. Foi ordenado sacerdote em Verona aos 21 de novembro de 1943.
Seus primeiros anos de sacerdote transcorreram, ou como formador de aspirantes ou como membro da comunidade dos Estigmas em Verona.
Durante a vida no seminário manifestava o desejo de servir a Igreja e a Congregação em terra de missão. Aos 27 de setembro de 1946 chegou ao Brasil.
Foi formador em São Paulo - SP e Ribeirão Preto - SP. Em seguida foi pároco em Tupaciguara - MG e Goiânia – GO, onde iniciou a paróquia de São Sebastião no Jardim América, periferia da cidade que, na época, tinha graves problemas de marginalização e pobreza do povo. Soube sempre conduzir com grande dedicação e bondade a paróquia. O povo o venerava como o "padre bom e caridoso por excelência".
Pe. Bazzon foi sempre religioso exemplar, alma pura e transparente, uma pessoa de sorriso sereno que conquistava à primeira vista a simpatia de todos e a todos sabia tratar com afabilidade e respeito.
Os confrades o recordam como religioso sempre disponivel para qualquer lugar e campo de trabalho pastoral, obediente ao desejo dos superiores. Sacerdote de profunda piedade e austeridade procurou oferecer o melhor de si ao povo a seus cuidados.
Com o passar dos anos deu sinais de cansaço. A saúde foi abalada por uma hemorragia cerebral que o obrigou a ficar em Campinas para tratamento prolongado. Parecia recuperar-se com a esperança de voltar ao campo de trabalho.
No início de agosto de 1990 contínuas e fortes dores nas pernas e na cabeça o levaram de novo ao hospital, e no dia 12 de agosto um infarto agudo levou-o à casa do Pai para receber o prêmio dos bons combatentes.
Foi sepultado no jazigo de Campinas. Foi o primeiro estigmatino a morrer da Província de São José.

PE JOSÉ GESSY CIPPICIANI (1931-1989)

58 anos

Nasceu em Cajuru - SP a 10 de dezembro de 1931. Entrou em Rio Claro-SP aos 25 de fevereiro de 1941. Fez a primeira profissão a 16.02.1951. Viajou a Verona com os colegas de turma para os estudos de teologia. Lá foi ordenado sacerdote a 10 de julho de 1956.
Trabalhou como formador em Ribeirão Preto - SP. Depois de alguns anos dedicou-se à pastoral paroquial em Barretos - SP, Ituverava - SP, Casa Branca - SP, Campinas - SP, Rio Claro-SP e Marília - SP.
De natureza irrequieta e buliçosa estava sempre em busca de algo novo ou até mesmo inusitado. Sacerdote bastante zeloso sentia prazer no que fazia. Gostava de ser padre. Procurava sempre atualizar-se no ministério em busca de inovação. Tal atitude, às vezes, foi causa de desavença com pessoas e grupos. Apesar do caráter forte, em todo lugar por onde passou deixou amizades que cultivou por meio de constantes visitas. Estimadíssimo pelos familiares, mantinha um relacionamento estreito com eles com visitas frequentes.
Foi sempre bom colega, apesar de apegado às idéias e defensor delas. Amava a vida comunitária e a Congregação.
No dia 12 de maio de 1979 sofreu grave acidente automobilístico, em que perdeu parte da perna esquerda, logo abaixo do joelho. Após nove meses de recuperação voltou a trabalhar na comunidade de Casa Branca - SP, retomando suas atividades pastorais e caminhando com prótese.
Após o acidente sua saúde física ficou abalada, mas não o seu moral. Fazia todos os trabalhos do ministério. Nunca deixou as pescarias.
A diabete complicou ainda mais sua saúde. Em novembro de 1988 a perna sadia inflamou-se. Devido ao descuido e teimosia foi obrigado a ser internado em hospital, desde abril de 1989. No dia 09 de agosto veio a falecer. O atestado de óbito afirmou que a causa da morte foi insuficiência respiratória aguda provocada pelo avanço da diabete. Foi sepultado no jazigo do cemitério da Saudade em Campinas.

PE. JOÃO BATISTA PELANDA (1879-1940)

60 anos

“Vale a pena lembrar e salientar o quanto deve a Pe. Pelanda a fundação no Brasil. Graças ao seu interesse e ao seu esforço a casa de Rio Claro não foi fechada e um novo contingente de Estigmatinos veio para o Brasil, incluindo-se Pe. Albino Sella."
Nascido em Verona aos 04 de setembro de 1879, Pe. João Batista Pelanda entrou em Verona aos vinte e cinco de outubro de 1902. Iniciou o noviciado aos dois de novembro de 1902. Professou em 1903. Fez a profissão perpétua aos vinte e oito de julho de 1906. Foi ordenado em Verona aos 21 de outubro de 1906.
Na Itália trabalhou com a juventude nos Oratórios paroquiais.
Chegou ao Brasil em junho de 1914. Foi o quinto missionário italiano a fazer parte do grupo fundador da Missão no Brasil. Exerceu o ministério em Limeira-SP, Castro-PR, Rio Claro-SP, Tibagi-PR, São Caetano do Sul-SP.
Foi muito frutuoso o seu trabalho como vigário, principalmente em Castro, São Cetano e Tibagi.
Voltou à Itália e dedicou-se à pregação, principalmente às santas missões, sendo muito requisitado não só por várias regiões da Itália, como também em nossas casas nos Estados Unidos.
Atingido por uma doença mortal, em agosto de 1940 foi para Trento, seu campo predileto de apostolado, onde resignado, no dia 25 terminou a vida terrena com morte invejável.

PE. FORTUNATO MANTOVANI (1861-1940)

79 anos

Pe. Fortunato Mantovani nasceu em Verona aos 17 de abril de 1861. Entrou como aspirante em Verona aos 24 de outubro de 1984. Iniciou o noviciado aos 15 de novembro de 1896 e fez a primeira profissão no dia 18 de novembro de 1897. Emitiu a profissão perpétua aos sete de outubro de 1900. Foi ordenado sacerdote em Trento aos 21 de dezembro de 1904.
Destinado à casa de Milão, espalhou com ardor seu zelo pelo bairro em que estava localizada a paróquia estigmatina de Santa Cruz. Consagrou-se à pregação para a qual possuía qualidades excelentes. Em 1916, durante a guerra, foi capelão militar.
Veio para o Brasil em 1921. Foi vigário em Castro – PR, reitor da igreja São Benedito em Campinas - SP e superior da comunidade estigmatina homônima. Amou ternamente a igreja São Benedito. Decorando-a com inteligência e bom gosto.
Muito metódico, zeloso, severo e sempre o primeiro a viver o que exigia. Tornou-se muito respeitado e até temido.
Monsenhor Luís de Abreu, da diocese de Campinas afirmou certa vez: “Pe. Fortunato passou dois terços de sua vida no confessionário.” Era o confessor de boa parte do clero de Campinas.
Em 1931 foi eleito Visitador Ordinário, substituindo Pe. Albino Sella e permaneceu no cargo até o dia de sua morte. No período em que ocupou este cargo houve considerável desenvolvimento da Congregação no Brasil.
Mesmo quando visitador não gostava de sair de casa e nem da cidade. Resolvia os problemas com poucas e rápidas palavras. Ainda em 1984 suas aulas de catecismo e seus ensaios musicais eram lembrados na paróquia São Benedito.
Apesar de bom pregador, após um entrevero com um monsenhor do clero campinense, passou a pregar na Casa de Saúde em língua italiana.
Uma doença minou sua robusta saúde e o levou à morte no dia oito de agosto de 1940. Repousa em nosso jazigo de Campinas.